sábado, 26 de outubro de 2013

negra lu

Sempre que a prosa tá boa, o momento fica melhor
vivemos querendo pra sempre, que não acabe com tudo
como tudo que acaba, seja mandala ou cabala
por uma bala, um doce, um queijo, quero seu beijo

aquele que não tem fim, que me leva para o infinito
infinito não tão além, seja do mal ou do bem
dizem que a cocaína faz igual, momento único,
prazer do mal, só não acaba quando dinheiro tem

e a parte boa não existe, meu bem
do universo conhecemos bem, você viveu e eu também
não morremos nem matamos ninguém
ufa, ainda bem!

seguimos em frente, buscando nosso recreio, a diversão
lugar ao sol, que nasce pra todos, não sendo só duas horas,
o que aprendi, vivi, e escrevi... hoje não se guarda num pen
ou pinos, nem num hd externo, só interno

uma peça que não é metal, nem tem vendaval
no centro do amor flui sangue vermelho, ou verde
não importa a cor mas que seja ao tom natural
te quero, te espero, pra te amar, uma noite, um momento, neste instante.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

bela do horizonte

saudades de você, verde, minas gerais
iremos na formatura
da turma da ucb, em taguatinga
depois voltamos praquele bar

quase em potiguar
mar, aquele azul
na montanha, do coração
praia do desamor

o recado que passa trancado
numa cadeia de bits e terabytes
escrevo, reescrevo, "commito"
confirmo a nova era

me espera, como a esfera
que acelera e se desapega
um sono, uma soneca
lindezas das belas pernas

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

televisão pra ônibus

olho para o globo
terreste, sinto fome, pão com alface
um gole d'agua, por favor
pra matar a sede

reavivo a cultura, viajo
mais um trago? não!
meu cigarro se acaba
na record, só recordação

procuro esporte, nadar, correr
será que isso vamos ver?
fora da tela, fecha uma porta
abrem se janelas

pelo amor dela
que seja, só ela
única, singela
mulher fugaz, tão satisfaz

não vou pela bandeirantes
tô na raposo branco
pro meu castelo, do saraiva ou tavares
aquela família da tv com quatro personagens

ana clara

já tenho 18
um demorado banho rápido
acontecendo tudo rápido
rasteiro, ligeiro

o obreiro, aquele cara da obra
no trevo de sarapuí
já nao existe mais
tá renovando

vão construir uma ponte
pra subir
assim que te conheci
te vi, me apaixonei

quase ruiva,
que olhos belos
sua boca me fecha
abro meus olhos, o do coração

romanas no japão

você deu pra mim
eu tinha 14 anos
saí correndo depois
já se passaram dois

tenho dezesseis
evoluo como a luva
se fazendo de vinho
tão doce uva

uma década,
se passou em 1 mês
igual a bicicleta
pedalou, gravou

redecorou, no jardim
flores brotaram
desabrochou só o mal
o mundo vem, bem sem fim...

laura

Tenho que tomar cuidado
um passo em falso,
pouco mais pra esse
ou praquele lado

pode ser armadilha
como uma espiga, espirra
solta o milho, no saco de vacilo
no assobiar dos grilos

perco minha hora, esqueço Isadora
como viagem sem sim, esse momento por mim
vivo o instante, abaixa o alto
falante

quem muito prosa, sim, sai da escola
entre os amigos, só no perigo, aflito
inimigo de amigo não sei se vira amigo
volto a escrever, por onde mesmo já andei

sorocaba bela viola
ana bela, clara, tão rala e tão rara,
sábia, quem sabe eu tenha também
com o bem, você, meu bem...

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

edifício Daniela

Na árvore de cimento
moramos e comemos
nos divertimos
fazendo cantoria, alegria

o saboroso alimento
no verde estacionamento
os pássaros criam ninhos
nós fazemos amor

educamos e reeducamos
viva o esplendor
numa gratidão imensa
olhando pro céu

assim se dispensa
se diz não, para o que não presta
e aceita o sim, abrindo seu coração

sábado, 12 de outubro de 2013

Otachimioka

A fumaça atravessa o oceano
vai por debaixo d'agua
por cima do céu
procura no terror

isolado no amor
baseado no x da história
sem nada
frustado pelo sabor

reciclando o ar
japonês é mais esperto
logo a web vai direto
a sessão do papelzinho

um doce mofado
lá no jardim iporanga
melhor cheiro tem nas flores
que brotam no meu jardim

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

sem queixa, a gueixa

A verdade está no meio
a renata ingrata
aquela da música
do vander vildner?!

não sei, esqueço
enobreço
busco seu apreço
respeito, espaço

nao preciso de espaço
preciso de um quarto
uma mola
sem esmola

cantarola
assobia
o pombo faz o ninho
a pomba só cria

o trem das 17

Cena mais linda que ouvi
uma deficiente visual
e ela foi pedi
só com ouvidos percebi

ninguém concedia aqui
duma união
uma cega outra não
a terceira gritou! aqui

vejo  as guerreiras
e a do liso cabelo
tenta, não me distrai
o tempo inteiro

pelos seus cachos
me agacho
escrevo na cptm
um canto que o chão treme!

Garça garcia

Acelera você está no esquema
Pra reduzir, frea o breque
e manda pela direita
a do meio é pista estreita

o lixo reciclado, vai disparado
ambulância e juiz vem pra esse lado
do outro lado o carro do médico
na buzina da sirene, som aritimético

na ponte,
dos remédios, piqueri
e até araçagi
buraco no dente, dente te perdi

o pequeno vai correndo
o grande vem trazendo
em perfeita harmonia
na aviação Garcia

Barulhando barueri

Barueri logo ali
vejo o dono do mundo
a roda, o pneu, até o caminhão
e nele só cabe irmão, sem defunto

uma parada, no sinal
olho para o céu
para não ir pro beleléu
junto de muita gente, baixo astral

mil grau?! no pedal!
prefiro tomar mingau
não troco milho
por cural

na estrada, serão três
caminhos?! siga o japones
filho de Deus, que o equilíbrio
Num par de três se fez

Horizonte cometa

Olho seus olhos
Sinto cheiro forte, bom
Garganta engasa, cof
te prendo, minha respiração

a tripulação chegando a sorocaba, chacoalha
igual um bebê, ou a migalha
somos todos do mesmo pão
de sangue ou coração

uma bela canção
toca no u2
i'm a fooly
darling look at you

não chore
implore
parado não
pode ficar!

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Angolana de portugal

O casulo é forte
mas meu braço é mais
fina é a fraca asa da borboleta
que encanta junto as flores

nao consigo quebrar
só com a força
penso naquela chave
calma e demora

tudo se encaixa
até no final ela voa
com as finas mãos
delicada florbela

Isadora

Isabela tão bela
em sua blusa amarela
tão bela como Isadora
cheirosa como a rosa

quero sentar do seu lado
mas também tenho vergonha
não confio, desapego
me apego apenas em ti.

vou de expresso
como as unhas, roo um doce
poe molho agridoce
no meu café expresso

fortifica e amplifica
nos olhares da audição
tapo meus ouvidos
ouvindo lonnelly view.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Quadrado...ado²

Fiquei preocupado, queria o hospício, só de início
acontece o que acontece, e o corpo só padece
e pequeno como estou, com a borracha apagou
a memória só ficou, perturbado e encostou

os segredos revelados, devia ficar em cadeado
trancafiado e encoleirado, não pede nenhum trocado
jogado, espatifado, pra logo mais enjaulado
de um lado, outro lado, todos do mesmo lado

no quadrado, um retardado, fatos reais e baseados
embasados no quebrado, pode ser até picado
emboiado, só de agrado, fico aqui confiscado
te esqueci, ó coitado, piedade pro velho arado

acabou o espaçado, e quebrou meu teclado
aproveito o compactado e volto ao velho carteado
com o cabelo entrelaçado, tudo foi por água a baixo
fui cortado, desamparado, embrulhado endireitado.


Muito que dorme

Não consigo só dormir
o apagar não vai cair
chegar de falar lero
aqui também tem fome zero

valorizo o cartucho
rasgo o papel
urubu que muito dorme
vira frango à passarel

pensa, luta, não existe
quem comanda, não desmanda
fica atrás do capataz
e corre com a demanda

falação, atitude não
igualdade ou falsidade
comunidade, terceira cidade
união, desilusão, vou fé no coração

OItavo anjo

Não te vi chegar, logo
não esperava, queria descer
foi tudo muito rápido,
meu corpo a estremecer

corri, preocupado, para longe deveria ir
com calma e mansidão, fui paciente não reagi
mais minutos e com você, de volta estarei
viveremos, rainha você, eu o seu rei

castelo de muralhas, luzes, som, batalhas
entre multidões, te buscar, você vai me encontrar
a estrada toruosa, mas duplicada, se edificou
o então foi assim, ficou tampouco reinou

com o estomago duro, orvalho respinga do fruto
de armadura ferro e palha, voce será como carvalho
madeira firme e duradoura, pra envelhecer, a fornalha
a dinastia e opressão, será assim como navalha.

Palavras numéricas

Éramos mais de 30
100 também cabiam
eu mandei apenas 4
dos 115 esquecidos

1 vou improvisa
0 pra não rimar
o resultado vai ser X
na lei de báscara vai estar

peso é kilo
grau também numera
da responsabilidade não entendi
demorei, mas aprendi

UFA! eis-me aqui, cá estou
na mesóclise, enlouqueou
acrosticar-me-ei, enfm
dignidade, lhe conquistei

Ficou lá

O passado que quero esquecer
me salvou, como eis de saber
saberia se eu pudesse ler
ou crer

agora quero mais escrever,
escrever, escrever, escrever
sem ideias ou atos de doer
rimando como o tecer

pra logo responder, entao voltar a correr
o trabalho suado quero fazer
desenvolver, desenvolver, desenvolver
para graças e granas, conter

nem tudo vou conceber
conceder, as vezes ceder
para então a vida nova receber
receber, receber, receber

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Novo mundo velho

Nesse mundo de Deus
Dexter, Brown, os judeus?
não quero ser ateu
ou correr como um plebeu

plebeu?! playboy?!
tanto faz
só quero correr atrás
da vida, da cinderela

com seu sapato perdido
que já não é mais encardido
a liberdade vem com ela
alma gemea, coelho é sabido

como lindos animais
busco somente a paz
a justiça será feita
pros abatedouros, só desfeita.


Vitória

Posso estar preso, enjaulado
minha cabeça já foi engradado
com a mente livre
canto ao passarinho

assobia o sabia
eu que nunca quis cantar
fui livre pela voz
buscando coragem feroz

aquele animalzinho
pequeninho e infalível
me deixou sobre tremores
perdi todos meus amores

estou loadeando
para o gol do meu timão
eu quero sair chutando
como Basílio, o campeão

Bons espíritos

Pati minha flor
Tati meu amor
a guerreira Daniela
fiquei sem nenhuma delas

Sobram grandes amigos
Ciçao, líder Rimi, que sempre muito fez
grande mestre, o Japonês
Toledo meu camarada, quase pronto pro perigo!

naquele manifesto,
levarei o Zé, também o Bi
que no sonho, me disseram
eu confesso, que devo me corrigir

logo sairei
dessa certeza eu sei
guardo no meu coração
pedindo sempre em oração.

Aves, cantará...

Cantou ela pela cidade, ah liberdade
com a magnifica caneta
escrevo, buscando humildade
numa porta sem maçaneta

preso num corpo, sem o copo
mente solta, assim é que eu gosto
exijo a união!
somos todos irmãos

como disse aquele cara
numa cruz, que peça rara
se entregou, brilhou sua luz
o Cristo, Senhor Jesus

mesmo sendo provisória
agora, buscarei outra história
não quero más, só memórias
vivendo, correndo, de glória em glória!